O Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) foi instituído pela Lei 12.715/12 e permite que empresas e pessoas físicas destinem seu Imposto de Renda para projetos e entidades filantrópicas na área oncológica.
Em maio deste ano, foi destaque em todo país uma noticia surpreendente, o publicitário Paulo Peregrino de 61 anos, que lutava contra o câncer há 13 anos e que estava prestes a receber cuidados paliativos, foi submetido em abril à terapia CAR-T Cell – um protocolo da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Instituto Butantan e o Hemocentro de Ribeirão Preto, financiado pelo PRONON (Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica) que utiliza as próprias células de defesa do paciente modificadas em laboratório para combater a doença.
Vinte dias após o início do tratamento, Paulo teve remissão completa!
O tratamento revolucionário consiste em combater a doença utilizando as próprias células de defesa do paciente.
Primeiro é feito um exame no paciente (Pet-Scan) que irá identificar os locais em que os tumores estão presentes.
Depois as células, chamadas de linfócitos, são retiradas e levadas ao laboratório para serem modificadas geneticamente.
Assim que o DNA é modificado, multiplicam-se as células milhões e milhões de vezes para aplica-las novamente na corrente sanguínea onde elas vão procurar e eliminar o câncer.
Os tipos de câncer que neste momento podem ser submetidos ao CAR-T Cell são Leucemia Linfóide Aguda e Linfomas de células B.
O custo do método no mundo, gira em torno de 2 milhões por paciente, tornando o tratamento inacessível. Por esta razão a equipe está trabalhando para diminuir o valor drasticamente e viabilizar o procedimento via SUS.
O estudo
O estudo começou em 2014, e foi definida uma meta iniciando o projeto de pesquisa com diversos pesquisadores e em 2019 foi feito o primeiro tratamento. Neste período, 13 pacientes foram tratados no esquema compassivo, após tentarem todos os tratamentos sem obterem respostas, foram submetidos à nova terapia. Todos respondera ao tratamento, alguns tiveram complicações da própria doença e 8 pacientes estão vivos, sendo acompanhamentos por mais de um ano e sem sinal do tumor.
Por esta razão, a terapia é revolucionária, ela resgata pacientes que já esgotaram as opções de tratamento.
Como ser voluntário?
Pessoas que não responderam a nenhum tipo de tratamento através dos seus médicos podem entrar em contato com a equipe médica do projeto.
A próxima fase do estudo é ampliar e estudar pelo menos 80 pacientes e recolher os dados para que a ANVISA possa analisar e transformar isso em produto.
A Terra Incentivos se orgulha de fazer parte deste projeto, que só foi possível através do investimento de empresas que compreendem a importância em se investir em ciência e pesquisa, na busca da cura do câncer.
Dona do maior trevo do Brasil, Ribeirão Preto foi fundada por fazendeiros em 19 de junho de 1856. Mais tarde, em 1883, o bom clima e solo contribuíram para a plantação de café, que foi responsável pela transformação da cidade, transformando-a na maior produtora do fruto no mundo inteiro, até a quebra da bolsa de Nova Iorque, em 1929.
A antiga capital do café é centro de uma das regiões mais prósperas do Estado de São Paulo e, por esta razão, ganhou a fama de “Califórnia brasileira”.
Atualmente Ribeirão Preto é referência mundial no setor sucroalcooleiro, sendo reconhecida como a Capital Nacional do Agronegócio e sediando a maior feira do setor na América Latina, a Agrishow.
A cidade também é um importante polo tecnológico, com indústrias e instituições de ensino de referência mundial que desenvolvem soluções e pesquisas que contribuem para o progresso da sociedade. Como exemplo recente temos o estudo desenvolvido em conjunto pela USP-RP e Hemocentro, que a partir do protocolo Car-T obtiveram 100% de remissão de câncer em um paciente.
Fonte: Hemocentro
Fonte: G1